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terça-feira, outubro 28, 2008

vou.


facto: Creio que ando a desperdiçar os pensamentos em tentações desnecessárias. Não sei se é falta de tempo para tal, se é ter demasiado tempo livre para pensar em voar por aí fora. Cores de algo que passou que ainda aqui estão, mas o tempo vai desbotando,tal como a convicção do "adeus que seria um até já". Caminhos distintos quando parecia ser um mar único. Aceitar derrotas e mais derrotas, perder a Fé, baixar os braços, engolir orgulhos e nada mais por fazer.
Ao menos sempre vi o brilho do verão, do mar,dos finais de tarde,da areia,dos sorrisos. Sim isto parece uma carta de despedida "estupida como sao todas as cartas de ****." como disse Pessoa.
Não é o contentar com pouco,nem o aceitar essa derrota, mas ao menos vivi algo que não me tinha tocado, e agradeço-te por isso. Tu que nunca lês isto. Deixar de acreditar ou não nisso acaba por "já nao valer", porque o relógio nao pára e só resta seguir algo que já foi decidido ha muito. Isto não é definitivamente nenhuma carta ou desabafo, comecei e pronto.
Aceito que nao sou talhado para essas histórias, que perdi a luz como sempre irei perder. A sério, sei disso e aceito. Não posso fazer nada,simplesmente é superior a tudo que possa decidir,mudar,ou debater. O mar continua sempre a sentir a mesma luz,as ondas seguem-se sempre umas ás outras e nada posso fazer. Deixo-me andar a navegar por aí, e nada mais.
Confesso-me que estou *****. Estou. mesmo. de verdade mesmo. de *******.
Gostava de ter outras páginas meio escritas que pudesse mudar o rumo. O guião está alinhado,e por muitas voltas que dê, o final é sempre o mesmo.
Sinto que as praias desertas , que serão sempre só minhas. que irei sempre vêr só duas pegas e nunca quatro. Gomos de saudade por tocar,passagens breves para a loucura e nada mais.
Não quero nem pretendo coisa alguma com isto, sai-me das mãos e mais nd, como se os dedos tivessem de ir tocando momento após momento com alguma censura de vergonha.confesso.
estou farto de correr. estou farto de socos no estomago.
Voltamos aos segredos da palma da mão.Veio a chuva, ficam os rastos que me invadem.
É melhor apagar a luz.
"Irei cumprir meus segredos,que a palma da minha mão tem muitos sonho guardado."

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